Nicolas dos Santos Peruzo, que em novembro de 2023 tentou assassinar sua namorada dentro da casa dela, foi condenado a oito anos e oito meses de prisão por tentativa de feminicídio. O crime ocorreu no bairro Jardim Marilândia, em Vila Velha, onde a família da vítima, Tayná Roberta, reside. Na época do ataque, Nicolas, com 22 anos, era assessor de um vereador em Vitória, enquanto Tayná, com 26 anos, era estudante de odontologia.
Após ser atingida, Tayná foi levada às pressas para o hospital, onde passou por dias de recuperação até receber alta. O crime gerou grande comoção e revolta, trazendo novamente à tona o grave problema da violência contra a mulher no país.
Julgamento e sentença
O julgamento de Nicolas aconteceu na última terça-feira (15), no Tribunal do Júri de Vila Velha, e se estendeu até o início da noite. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES), através da Promotoria de Justiça Criminal de Vila Velha, informou que o réu não terá o direito de recorrer da sentença em liberdade. Nicolas foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Viana II, onde cumprirá sua pena em regime fechado, de acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).
Violência doméstica e a busca por justiça
A tentativa de feminicídio é apenas um entre os inúmeros casos de violência doméstica que ainda ocorrem diariamente no Brasil. Infelizmente, muitas vezes esses crimes ficam impunes ou demoram a ser devidamente julgados. No entanto, a condenação de Nicolas representa um passo importante na luta contra a violência doméstica, mostrando que a justiça está atenta e disposta a punir aqueles que tentam destruir vidas.
Um exemplo necessário de justiça
Casos de violência doméstica costumam ser negligenciados, muitas vezes tratados como conflitos familiares privados. Entretanto, quando a justiça age com eficiência, como neste caso, ela dá um recado claro: a sociedade não vai tolerar atos de violência contra mulheres.
A condenação de Nicolas dos Santos Peruzo é um exemplo positivo de que, mesmo em um cenário onde a impunidade costuma prevalecer, o trabalho das autoridades pode trazer resultados concretos. É vital que mais esforços sejam feitos para garantir que a justiça alcance todas as vítimas de violência, e que situações como a de Tayná não se repitam. Afinal, cada vida protegida é uma vitória na luta por um país mais seguro para as mulheres.
Esse julgamento reforça a necessidade de continuar investindo em políticas de proteção à mulher e de tornar os sistemas de denúncia e julgamento mais ágeis e eficazes. Que essa decisão sirva de motivação para que mais casos sejam tratados com a devida importância e que a violência doméstica seja combatida com firmeza.
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